É melhor investigada a suposta passagem do cidadão Christino Gomes da Silva Cleto, o futuro cangaceiro Corisco, pelo Exército Brasileiro, mais de perto junto ao 28º Batalhão de Caçadores, situado em Aracaju. Também é mostrado, como novidade, o registro de batismo e consequente certidão de nascimento de Corisco, outrossim, trazendo a lume o seu verdadeiro nome para a história, Christino Gomes era como se chamava oficialmente. É analisada também a sua pretensa participação no Levante Tenentista Sergipano, o famoso 13 de julho de 1924, a história dessa Revolução, sua repercussão, a propalada suposta deserção do soldado Christino, sua vida após tal fato, mas não somente isso, também as provas documentais foram minuciosamente pesquisadas nos arquivos do Judiciário sergipano que praticamente colocam por terra a veracidade de todas essas informações, ou seja, quanto a ele ter sido um soldado federal do Exército Brasileiro. Outra boa descoberta foi a história nunca divulgada sobre uma filha que Corisco teve fora da sua convivência com a Dadá, Enalva Soares Pinto, octogenária ainda viva até os dias de hoje na cidade de Pão de Açúcar, nas Alagoas.
É discorrido também o episódio da invasão a Canindé do São Francisco que gerou a barbárie sem limite da “ferração” de três inocentes mulheres pelo temido cangaceiro Zé Baiano. Desse fato, com a polícia altamente revoltada, houvera o consequente “Fogo da Maranduba”, em terras de Porto da Folha, hoje Poço Redondo, batalha essa que é considerada a terceira mais violenta e sangrenta da história do cangaço, ficando atrás somente dos combates da Serra Grande em Pernambuco, e do Serrote Preto em Alagoas. Embate esse que demonstra a grande perspicácia e estratégia de Lampião que mesmo inferiorizado em todos os sentidos fez a polícia amargar uma desmoralizante derrota, comprovando mais uma vez a sua fama de verdadeiro General das Caatingas.
O famigerado cangaceiro Zé Baiano, também é melhor estudado, sua vida, seus crimes, a trama da sua morte e análise minuciosa dos seus possíveis mandantes, assim como das pessoas que lucraram com esse fato, enfim, a história de um atroz bandoleiro que arrasou famílias inteiras, mas que quando morreu, deixou comerciantes e fazendeiros muito bem financeiramente.
Para completar é apresentada algumas lendas, estórias ou histórias do cangaço dentro do nosso querido Estado de Sergipe, trazendo no último tópico uma boa novidade em relação a um itabaianense que mudou o seu destino por conta de um contratempo que se passou com Lampião.
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