É esmiuçada a vida das cangaceiras naqueles inóspitos tempos, suas dores e seus amores nas guerras do cangaço e também após esse tempo para aquelas sobreviventes. De tudo, como não poderia deixar de ser, dando prioridade maior para a pioneira, a companheira do chefe, mulher de liderança e carisma incontestes, a simpática Maria Bonita, trazendo também como novidades a certidão de casamento dos cangaceiros Criança e Dulce ocorrido ainda na vigência do cangaço na cidade de Porto da Folha, pós-morte de Lampião, e mais ainda, em absoluta primeira mão o provável tratamento ginecológico que Maria Bonita fez em Propriá em uma das suas visitas a essa cidade, mais de perto, dias antes da sua morte.
A história de Carira, seus arruaceiros, seus bandoleiros, seus pistoleiros, os cangaceiros que por ali atuaram, também é minuciada e melhor estudada com a participação inequívoca de historiadores de renome que remontam esse tempo. Das terras de Carira, boa novidade também é apresentada nesse volume com referência ao “desaparecido” cangaceiro Luiz Marinho, cunhado de Lampião, então casado com a sua irmã Virtuosa, vez que nenhum historiador até então sabia do seu destino ao se desgarrar do bando de Lampião quando do início da sua vida bandida.
Laranjeiras, a histórica e linda Laranjeiras dos amores e horrores, não poderia ter ficado de fora, pois além de tudo, há a grande possibilidade de Lampião ali ter pisado, até mais de uma vez, para tratamento do seu olho cego junto ao médico Dr. Antônio Militão de Bragança. Nesse sentido a história, a ficção e as suposições se misturam em busca de uma melhor compreensão.
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